A pandemia causada pelo coronavírus (covid-19) atingiu as empresas de forma inesperada. Com uma demanda em inanição e sem contar com a operação normal por conta do lockdown que atinge a maioria dos Estados brasileiros, muitas empresas veem seus caixas minguarem de forma acelerada.
Marcelo Censoni, sócio do Censoni Advogados e Tecnologia Fiscal, dá sua opinião sobre o tema em artigo para o MoneyLab
Por MoneyLab21 maio 2021 08h55
Na última quinta-feira (13/05), o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou os embargos declaratórios opostos pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, no Recurso Extraordinário – RE 574706, ocasião na qual foi definida a modulação dos efeitos referentes à Exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS, bem como estipulada a forma pela qual deve ocorrer a devolução do ICMS.
Às vezes em um olhar apressado, o empresariado poderia supor que a matéria apreciada aparente ser mais uma, dentre tantas outras, de alta complexidade tributária e poucas repercussões práticas na rotina contábil e financeira da sua empresa. No entanto, a verdade é que os efeitos desse julgamento são categoricamente positivos ao setor, ensejando uma conquista concreta, direta e imediata para uma enormidade de contribuintes em todo território nacional.
Isto porque o plenário da Corte reconheceu que o imposto objeto de devolução deve ser aquele destacado na nota fiscal. Trata-se de grande vitória aos contribuintes, que derrotaram a tese da PGFN que, por sua vez, pleiteava a devolução apenas do ICMS efetivamente recolhido pelos estados. Nesse ponto, vale destacar o brilhante voto do Ministro Alexandre de Moraes: “enquanto havia o recolhimento e a tributação para receita, a União jamais reclamou que o critério adotado fosse o ICMS destacado na nota, mas a partir do momento em que se inverteu o posicionamento, a União diz que não há a possibilidade de se destacar na nota.”
PUBLICIDADE
Prevaleceu, portanto, o teor do voto da Relatora Carmem Lúcia, ministra do STF, no sentido de determinar que a decisão erga omnes (repercussão geral) passe a valer a partir de 15/3/17, modulando, entrementes, as ações judiciais e procedimentos administrativos protocolados até a data daquela sessão em que proferido o julgamento de mérito, haja vista que, em ambos cenários, é o ICMS destacado na nota que deve ser excluído da base de cálculo.
Para satisfação dos contribuintes, o STF não se curvou ao ativismo judicial baseado em consequencialismo e prestigiou os princípios da capacidade contributiva, da segurança jurídica, do direito positivo e da coisa julgada, promovendo os primeiros passos para equilibrar a balança do sistema fiscal brasileiro, ainda tão inclinado a favor do Fisco.
Diante dessa realidade, o Censoni Advogados e Tecnologia Fiscal se coloca à disposição das empresas situadas em todo território nacional, para auxiliá-las e assessorá-las com a consultoria fiscal e tributária integral, que contempla tanto o ajuizamento e a condução das demandas, quanto a realização dos cálculos, apuração, levantamento e aproveitamento dos créditos oriundos da Exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS.
O texto é opinativo e assinado por Marcelo Censoni, sócio do Censoni Advogados e Tecnologia Fiscal.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |